A descoberta do Buda – Ele observa, ele tem clareza

Sutra: O tolo dorme como se já estivesse morto, mas o mestre está acordado e vive para sempre. Ele observa. Ele tem clareza.

Osho: A consciência é eterna, não conhece a morte. Somente a inconsciência morre. Assim, se você continuar inconsciente, adormecido, terá de morrer novamente. Se você quiser sair de todo esse sofrimento de nascer e morrer repetidamente, se você quiser sair da roda de nascimento e morte, terá de ficar absolutamente alerta. Você terá de alcançar pontos cada vez mais altos dentro da consciência.

E essas coisas não são para serem aceitas em termos intelectuais: essas coisas têm de ser experienciais, essas coisas têm de se tornar existenciais. Eu não estou lhes dizendo para se convencer do ponto de vista filosófico, porque as convicções filosóficas não trazem nada, nenhuma colheita. A verdadeira colheita vem somente quando você faz um grande esforço para acordar a si mesmo.

Mas esses mapas intelectuais podem criar um desejo, um anseio profundo em você; podem torná-lo ciente do seu potencial, do possível. Podem torná-lo ciente de que você não é o que aparenta ser – você é muito mais.

O tolo dorme como se já estivesse morto, mas o mestre está acordado e vive para sempre. Ele observa. Ele tem clareza.

Afirmações simples e belas. A verdade é sempre simples e sempre bela. Basta ver a simplicidade dessas duas afirmações… mas quanto elas contêm! – palavras dentro de palavras, infinitas palavras. Ele observa. Ele tem clareza.

A única coisa que tem que ser aprendida é a observação. Observe!

Observe cada ato seu. Observe cada pensamento que passa em sua mente. Observe cada desejo que toma posse de você. Observe cada pequeno gesto – andando, falando, comendo, tomando banho. Continue observando tudo. Deixe tudo se tornar uma oportunidade de observar.

Raoni Duarte: A diferença entre o tolo e o mestre é simples: o tolo está preocupado em ter uma opinião e, pior, em mantê-la, em criar cada vez mais argumentos que a sustente. Já o mestre não tem o mínimo interesse pela opinião, seu compromisso, é com a observação.

A observação do tolo acaba assim que sua mente entrar no campo da sua pré-opinião, então, por lá ficará, enraizando ainda mais o conhecido, a pequena fatia de um imenso bolo. O mestre não se prende a pré-opiniões, aliás, ele se tornou mestre ao abandonar suas opiniões. Ele se mantém atento e não mudará seu foco enquanto não completar os 360 graus da observação.

A clareza só aparecerá quando os 360 graus forem completados. Nem um único grau pode ficar de fora, pois, a verdade, pode estar exatamente nele. O mestre é comprometido com a observação, ele conhece a mente, sabe que, a cada grau observado, ela irá lhe propor o fim, alegando informação suficiente, clamando por uma opinião.

O tolo vive morto, pois, acredita na morte. O medo do desconhecido, o medo da punição de um Deus que não existe, faz com que ele não ultrapasse os primeiros graus da observação. Então ele vive a morte, vive a não-consciência.

O mestre não teme a morte, ele apenas a observou e, dessa observação, atingiu a eternidade.
Ele observa, ele tem clareza.

Busque conhecimento, emita amor, seja Luz!

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Uma resposta

  1. Muito bom receber ensinamentos de pessoas como Osho e Raoni que ajudam nossa caminhada para a consciência. Gratidão 🙏

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