A descoberta do Buda – Veloz como um cavalo de corrida

Sutra: Atento entre os desatentos, acordado enquanto os outros sonham, veloz como um cavalo de corrida ele deixa o campo para trás.

Osho: O sono tem que ser interrompido – e, depois de interrompido, não existe alguém que tenha despertado; só existe o despertar. Não existe alguém iluminado; só existe a iluminação. A pessoa iluminada não pode dizer “eu”; mesmo que ela use essa palavra, será apenas uma expressão verbal, que tem de ser usada por causa da sociedade. Trata-se só de uma regra de linguagem; fora isso, ela não tem esse sentimento de “Eu”.

O mundo das coisas desaparece – e então o que acontece? Quando o mundo das coisas desaparece, seu apego pelas coisas acaba, sua obsessão por elas acaba. Não que as próprias coisas desapareçam; pelo contrário, pela primeira vez elas parecem como são de verdade. Só que você já não está preso a elas, tão obcecado; você já não está deturpando a realidade com seus próprios desejos, esperanças e frustrações. O mundo então deixa de ser uma tela onde seus desejos são projetados. Quando não existe mais desejo, o mundo continua existindo, mas passa a ser um mundo completamente novo. Um mundo diferente, colorido, bonito! Mas a mente apegada às coisas não consegue ver esse mundo, porque os olhos estão fechados pelo apego.

Um mundo totalmente novo irrompe quando a mente desaparece, quando os pensamentos desaparecem. Não que você fique desatento, desligado – pelo contrário, você fica mais alerta. Buda usa, o tempo todo, o termo “atenção correta”. Quando a mente desaparece e o mesmo acontece com os pensamentos, sua atenção aumenta. Você faz coisas – anda, trabalha, come, dorme –, mas vive sempre absolutamente atento. A mente não está presente, mas a atenção está. O que é atenção plena? É consciência. É perfeita consciência.

Raoni Duarte: Buda é um observador e, para observar, é preciso presença, é preciso atenção plena.

Atento entre os desatentos…

Observar é o contrário de julgar. A mente irá te oferecer o julgamento a todo tempo, ela conhece suas crenças, ela sabe como fazer isso. E se você aceitar o julgamento, automaticamente, irá mudar sua atenção da observação para o envolvimento e, um Buda, tem consciência disso, logo, se utiliza da “atenção correta”.

Acordado enquanto os outros sonham…

A cada cenário proposto pela mente sempre haverá duas opções: se comportar como um tolo, ou como um Buda. Enquanto o tolo opta pelo envolvimento, enquanto se mantêm apegado as suas crenças – sonhando, o Buda apenas observa, ele se dá o direito do não-envolvimento, ele se mantém acordado.

Veloz como um cavalo de corrida ele deixa o campo para trás…

No campo dos pensamentos o tolo caminha em marcha lenta, pois, ao se envolver com cada pensamento, ao entrar no julgamento, sua capacidade de processamento de pensamentos se reduz, fazendo com que a quantidade de informações recebidas seja limitada.

Já o Buda, ao apenas observar, ao deixar o rio fluir em sua velocidade natural, caminha a passos largos, caminha na velocidade do amor incondicional.

Busque conhecimento, emita amor, seja Luz!

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